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Templo construído para todas as religiões, ou nenhuma, ganha prêmio de arquitetura


Após anos de pesquisa de campo, o arquiteto canadense Siamak Hariri encontrou nos arredores de Santiago, no Chile, o espaço perfeito para construir o nono e último templo Bahá’í. Símbolo da fé monoteísta, que enfatiza a união de todas as pessoas, independente da religião, raça e gênero, a construção ganhou forma a partir do desafio de criar algo que não fizesse referência a nenhum outro ambiente religioso já conhecido.

“Seguindo a doutrina Bahá’í, projetei algo que também fosse universal”, comenta Hariri. A área, com cerca de 10 hectares, pertencia a uma escola local e foi modificada para garantir a livre circulação dos visitantes e o aproveitamento da natureza. “Era importante dar essa sensação de ir e vir para todos os que passam por ali.”

A única exigência Bahá’í para a construção de seus templos é em relação ao formato. Um eneágono com, portanto, nove entradas, simbolizando a chegada de pessoas por todas as direções do globo, para meditar, rezar ou apenas conhecer.

Tendo isso em mãos, Hariri trouxe das formas orgânicas inspiração para desenvolver a estética externa do templo. Aqui, a luz natural entrou como protagonista nas projeções da extensão do local, que acabou como uma espiral ovalada.

Visto de fora, o templo mergulha na paisagem dos Andes. Porém, no seu interior, a sensação é outra: “Quando você olha para o teto, a sensação é de elevação, em direção a luz, aos céus”, complementa o arquiteto. Um verdadeiro escape, principalmente dos roteiros convencionais do Chile.

Fonte: Casa Vogue

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